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Um Breve Relato

O documentário Batuque Gaúcho, surge de uma convergência entre pesquisadores e produtores audiovisuais preocupados com a visibilidade da cultura afrodescendente na região sul do país. Depois de anos de pesquisa e desenvolvimento em outros projetos relacionados a cultura afrogaucha, o projeto sai do papel ao ser contemplado no edital Etnodoc 2011.

 

O principal pesquisador e autor sobre o Batuque Gaúcho, o Antropólogo Doutor Norton Corrêa, tornou-se coordenador do projeto junto com os produtores audiovisuais Sérgio Valentim e Sarah Brito.  Inumeras viagens à Pelotas e outros terreiros do estado, marcaram esta etapa inicial.

 

O processo de pesquisa e produção das entrevistas, por se tratar de objeto de carater sagrado, foi bastante instigante, e dinâmico, podendo afirmar que foi realizado ao longo de toda as filmagens. O mestre griô dos pesquisadores, Mestre Paraqueda (Eugenio Alencar), que em seu papel de mestre já servia de guia moral do processo, passou a envolver-se na produção e abordagem dos terreiros, se tornando co-diretor do processo junto ao pesquisado Sergio Valentim. Do início da produção, em mês de junho de 2012, até o final, no mês de abril 2013 , a produção acompanhou 18 cerimônias sagradas de celebração ou consagração de orixás, e entrevistou 16 pessoas ao todo, entre mestres griôs, ialorixás, babalaôs, pesquisadores e frequentadores do batuque, os “batuqueiros”.

 

Entre as inúmeras viagens para a cidade de Pelotas (raiz da religião em todo o estado), registramos 4 batuques de consagração de orixá, da nação Cabinda. Também entrevistamos Babalaôs e realizamos externas na cidade. Na cidade de Porto Alegre realizamos as principais entrevistas e capturamos a maior parte das cerimônias religiosas, das nações: Jeje, Ijexá, Oyó, Nagô. 

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